"O presidente do FCPorto afirmou ontem, à margem de uma sessão pública, que as entrevistas concedidas por Jorge Jesus e João Gabriel a A BOLA decorreram de uma estratégia concertada num almoço no Hotel Tivoli.
E insinuou haver conivência de A BOLA nessa conspiração.
Ora, uma afirmação destas, sem pés nem cabeça, só pode ser para rir - e como precisa o País, nestes tempos de crise, de bons humoristas, cuidado Ricardo Araújo Pereira que há concorrência à vista... - porque a relevância jornalística das entrevistas era tal que nem mesmo Jorge Nuno Pinto da Costa resistiu a comentá-las!
O que terá, então, levado Pinto da Costa a investir contra A BOLA, ao mesmo tempo que iludia as questões que lhe eram colocadas sobre a continuidade de Vítor Pereira?
Só o próprio PC poderá desvendar o mistério, sendo que há imbecilidades que, para nós, são verdadeiras medalhas.
Jorge Nuno Pinto da Costa não gosta de quem não vai ao beija-mão papal, de quem não se ri de tudo o que lhe sai da boca, de quem não fica em êxtase cada vez que declama o poema do costume e, last but not least, de quem não esquece tudo o que ouviu e leu no processo Apito Dourado.
Mas, sobretudo, não gosta de quem não se deixa amordaçar e intimidar, de quem exerce a liberdade de expressão segundo uma avaliação livremente feita, de quem acredita que vale sempre a pena lutar pela verdade e que as vitórias desportivas não devem servir para anestesiar consciências.
É, pois, normal, que Jorge Nuno Pinto da Costa se sinta incomodado com um jornal como A BOLA, que tem princípios, vive de espinha direita, preza o pluralismo e respeita as várias correntes de opinião que aqui têm espaço e muito nos honram.»
- José Manuel Delgado, jornal A Bola, 11 Maio 2012
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