quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Depois do Bruno Prata, agora é o Luis Francisco que já sabe em quem votar na sondagem aqui do blog...


Primeiro foi o Bruno Prata, agora é o Luis Francisco que tece rasgados elogios ao mágico argentino Pablo Aimar.

Se tivesse que votar na sondagem aqui do lado, não tinha dúvidas...

Vamos ao texto, que fui buscar ao "Planeta Benfica", e que veio no jornal Publico:


"Pablo César Aimar Giordano tem 32 anos. Tinha 29 quando Rui Costa o convenceu a vir para o Benfica.

E, se (muitas) mais razões não existissem, só por isso os benfiquistas, em particular, e os adeptos do futebol português, em geral, deviam estar eternamente gratos ao antigo número 10 das águias e da selecção nacional.

Não é incomum que jovens talentos sul-americanos iniciem em Portugal carreiras fulgurantes que os levam ao estrelato internacional.

Os exemplos estão por aí e os cofres dos clubes já se habituaram a essa receita.

Mas que um talento universal como Aimar tenha vindo para Portugal numa idade em que muitos futebolistas estão no seu auge, isso foi qualquer coisa de histórico.

É claro que a carreira de Aimar andava um bocado por baixo quando surgiu a hipótese Benfica.

Mas ele reencontrou-se.

Que, na mesma altura, Rui Costa tenha também conseguido trazer Saviola – outro daqueles que todos os que gostam de futebol, independentemente da cor clubística, se sentem privilegiados por ver ao vivo – foi, provavelmente, o primeiro grande sinal de que as ambições na Luz assumiam uma nova dimensão.

Ambos estão agora em final de contrato e quase sempre este “jogo do empurra” das renovações ou saídas a custo zero tem implicações no rendimento dos jogadores.

Saviola confirma a regra.

Aimar é, como em tantas outras coisas, um caso excepcional.

Há muito tempo que a equipa do Benfica não se apresentava tão consistente.

Há dois anos, varreu o campeonato numa “Blitzkrieg” ofensiva que deixou os rivais de queixo caído durante meia temporada. Quando reagiram, era tarde.

Seguiu-se um ano de aprendizagem.

A equipa e os adeptos desceram à terra.

E o treinador também.

O Benfica continuava forte, mas já não conseguia atropelar os adversários e o grupo de trabalho conjugava redundâncias em algumas posições de campo com claros défices noutras.

Ao insistir no mesmo estilo de “peito aberto”, Jorge Jesus arriscava em excesso.

Perdeu algumas vezes, as suficientes para deixar escapar o título na I Liga e as finais da Liga Europa e da Taça de Portugal.

Nesta sua terceira época, Jesus mostra-se mais calculista.

Os jogos já não se ganham nos primeiros vinte minutos, mas nas segundas partes.

O Benfica abana muito pouco.

Mas continua a depender de Aimar para aquele acréscimo de magia que tantas vezes faz a diferença.

Witsel é um jogador notável, um poço de talento e energia, um ponto de referência para a equipa.

Rodrigo está a crescer a uma velocidade estonteante e a mostrar que pode ser alternativa tanto para Cardozo como para Aimar, embora não seja exactamente nenhum deles.

Gaitan mostrou a espaços no passado que talvez o seu posto natural seja a “10” e não como extremo.

Tudo isso é verdade. Mas Aimar é Aimar.

É todo aquele jeitinho sul-americano, malandreco nas faltas (já viram como faz muitas por jogo, sempre com ar de não ter tocado em ninguém?), instintivo na procura de espaços, brilhante na leitura de jogo, letal no último passe.

Como se viu frente ao Gil Vicente, com ele o Benfica é outra coisa."

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